Eu que já não quero mais
ser um vencedor
A morte.
A morte de uma pessoa com um pouco mais que três décadas de vida.
Uma pessoa que competia com o mundo e, ouso dizer, com si mesmo.
Carregava a vida com um peso.
Mas, ao mesmo tempo, podia ter o senso de humor de um menino.
Não se permitia sensibilidade, dúvidas ou meditação.
Era objetivo, não fazia questão de embelezar seus pensamentos.
Sua sinceridade era odiada por muitos.
Sua fidelidade aos amigos também.
Eu adorava sentir raiva dele.
Não fazia a menor questão de agradá-lo, mas queria que ele gostasse de mim.
Briguei com muitas de suas brincadeiras.
Imagino quantas batalhas interna ele travava
Para ser não menos que o melhor
E nessa luta contra ele mesmo
Acabou perdendo pra vida
Ainda luto para encontrar um sentido nisso tudo
Mais leveza, menos disputa
Aceitação em ser meio termo, apenas uma pessoa normal que quer se divertir e fazer o bem e pagar suas contas e estar com as pessoas que ama
Carregava a vida com um peso.
E a vida, sem o menor esforço, o carregou.
Essa ele não ganhou.